A
abotcha
C
cine-afinidades
F
forças
G
granja
geografias
L
luta ca caba inda
M
macaré
materialidades
meteorizações
N
na tchon
O
onshore
S
salton
abotcha
cine-afinidades
Ciné-afinidade é uma forma de relação que se desenvolve a partir do interesse comum em vários aspectos ligados ao cinema. O conceito aplica-se também a uma certa prática cinematográfica e arquivística que transcende a produção e visualização de filmes, materializando-se numa espécie de cine-ontologia baseada num entendimento do encontro enquanto abundância. As relações cine-ontológicas valorizam as áreas de relação e entrelaçamento como um lugar para habitar o comum como alternativa à sensação de escassez projectada sobre o indivíduo neoliberal. Os ciné-kins não ignoram as assimetrias e as diferentes posições, e respeitando as opacidades no interior das relações, optando por criar espaços para habitar os problemas e conflitos a que todos estamos sistematicamente expostos. Os ciné-kins vêem o cinema como um lugar de potencialidades onde é possível imaginar formas de união e justiça para além de qualquer política identitária que promove separação, confiando que será no emaranhado crioulo que nos podemos encontrar.
forças
granja
geografias
luta ca caba inda
O projecto em torno do arquivo militante da Guiné-Bissau foi intitulado Luta ca caba inda (A luta ainda não terminou). O termo deliberadamente impreciso, é também uma força e deriva de uma bobina encontrada no arquivo inerente a um filme documentário de 1980 sobre a Guiné-Bissau pós-independência, abandonado no processo de edição. O título amaldiçoava a conclusão do filme, a luta como também este projecto nunca concluído. No decurso do projecto Luta ca caba inda, uma série de eventos discursivos e exibições públicas foram dedicadas à activação das potencialidades deste acervo. A Luta ca caba inda, enquanto colectivo informal de pessoas e práxis, permite o surgimento de uma ecologia de relações e espaços de cuidado e subjectividade, materializando-se em assembleias colectivas onde as imagens e sons do arquivo são discutidos entre cineastas e cinéfilos, as audiências europeias e africanas. Aqui o cinema actua como uma sala de montagem colectiva e como assembleia para reflectir sobre as condições do presente, prospectivando novos futuros.
macaré
materialidades
A materialidade aborda o estado material dos próprios componentes do arquivo e os desafios teóricos e práticos por ele colocados. O filme de celulóide bem como o seu estado de decadência e as várias patologias que apresenta, as marcas de produção precária e subsequente negligência, tudo isto aporta ao arquivo militante guineense uma estética específica. A síndrome do vinagre, a doença do filme, tem como um dos seus componentes uma gelatina animal. O filme enquanto matéria decomponível determina uma espécie de processo arqueológico ao mesmo tempo que sugere a necessidade de adoptar procedimentos e implementar políticas subsequentes à digitalização e re-visão.
meteorização
na tchon
Significa ‘no terreno’ em Crioulo. Na Tchon também se refere aos ensinamentos de humildade que Sana na N'Hada tem vindo a partilhar ao longo da sua vida e trabalho.
onshore
Nomeámos a Mediateca Onshore para atender à necessidade de um local seguro para acomodar o arquivo guineense e as suas activações. As offshore sempre foram lugares de extrativismo e comércio onde a responsabilidade, as taxas e os impostos são suspensos a favor de algumas entidades distantes, desconsiderando o impacto a nível local. A palavra Onshore começou a ser utilizada nas nossas conversas por oposição aos processos económicos neoliberais e coloniais a que locais como a Costa oriental africana têm sido submetidos ao longo de muitos séculos.
salton
salton
tarafe
tarafe
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Ciné-afinidade é uma forma de relação que se desenvolve a partir do interesse comum em vários aspectos ligados ao cinema. O conceito aplica-se também a uma certa prática cinematográfica e arquivística que transcende a produção e visualização de filmes, materializando-se numa espécie de cine-ontologia baseada num entendimento do encontro enquanto abundância. As relações cine-ontológicas valorizam as áreas de relação e entrelaçamento como um lugar para habitar o comum como alternativa à sensação de escassez projectada sobre o indivíduo neoliberal. Os ciné-kins não ignoram as assimetrias e as diferentes posições, e respeitando as opacidades no interior das relações, optando por criar espaços para habitar os problemas e conflitos a que todos estamos sistematicamente expostos. Os ciné-kins vêem o cinema como um lugar de potencialidades onde é possível imaginar formas de união e justiça para além de qualquer política identitária que promove separação, confiando que será no emaranhado crioulo que nos podemos encontrar.
forças
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luta ca caba inda
O projecto em torno do arquivo militante da Guiné-Bissau foi intitulado Luta ca caba inda (A luta ainda não terminou). O termo deliberadamente impreciso, é também uma força e deriva de uma bobina encontrada no arquivo inerente a um filme documentário de 1980 sobre a Guiné-Bissau pós-independência, abandonado no processo de edição. O título amaldiçoava a conclusão do filme, a luta como também este projecto nunca concluído. No decurso do projecto Luta ca caba inda, uma série de eventos discursivos e exibições públicas foram dedicadas à activação das potencialidades deste acervo. A Luta ca caba inda, enquanto colectivo informal de pessoas e práxis, permite o surgimento de uma ecologia de relações e espaços de cuidado e subjectividade, materializando-se em assembleias colectivas onde as imagens e sons do arquivo são discutidos entre cineastas e cinéfilos, as audiências europeias e africanas. Aqui o cinema actua como uma sala de montagem colectiva e como assembleia para reflectir sobre as condições do presente, prospectivando novos futuros.
macaré
materialidades
A materialidade aborda o estado material dos próprios componentes do arquivo e os desafios teóricos e práticos por ele colocados. O filme de celulóide bem como o seu estado de decadência e as várias patologias que apresenta, as marcas de produção precária e subsequente negligência, tudo isto aporta ao arquivo militante guineense uma estética específica. A síndrome do vinagre, a doença do filme, tem como um dos seus componentes uma gelatina animal. O filme enquanto matéria decomponível determina uma espécie de processo arqueológico ao mesmo tempo que sugere a necessidade de adoptar procedimentos e implementar políticas subsequentes à digitalização e re-visão.
meteorização
na tchon
Significa ‘no terreno’ em Crioulo. Na Tchon também se refere aos ensinamentos de humildade que Sana na N'Hada tem vindo a partilhar ao longo da sua vida e trabalho.
onshore
Nomeámos a Mediateca Onshore para atender à necessidade de um local seguro para acomodar o arquivo guineense e as suas activações. As offshore sempre foram lugares de extrativismo e comércio onde a responsabilidade, as taxas e os impostos são suspensos a favor de algumas entidades distantes, desconsiderando o impacto a nível local. A palavra Onshore começou a ser utilizada nas nossas conversas por oposição aos processos económicos neoliberais e coloniais a que locais como a Costa oriental africana têm sido submetidos ao longo de muitos séculos.